três.

quinta-feira, julho 31

A (não)-coragem de conceber um texto

Extremamente solitário. Sentia-se assim por não saber por que assim se sentia. Isolado em seu quarto que não era seu, sentava-se por horas frente ao computador em tentativas vãs de fazer com que ele penetrasse a rede mundial por alguma conexão já existente. Nada feito.
E também olhava para o aparelho celular: não tocava. Um vazio preenchia-lhe o peito porque sabia que aqueles que tentassem um contato trariam mais e mais notícias ruins e ele, desesperado por um pouco de afeto familiar, comentaria banalidades em tons risonhos.

Então, decidiu não querer outra noite em prantos e suspiros sufocados pelo travesseiro colorido. Já estava confirmada, a notícia de que ela morrera. Por que não considerar suficiente seu sofrimento anterior e desviar o pensamento toda vez em que seu peito desmoronava? Era loucura, não? Controlar-se dessa forma como se a realidade fosse fantasia e a fantasia... Bem, essa não parecia existir.
Era ofensa, a fantasia existir. Ofensa contra todas as coisas vivas ou... Que já foram vivas.

2 comentários:

Prodígio disse...

Saudade da autora dos textu =D, ahhh... tamem agora nem vo comenta :// =DD

Anônimo disse...

"Comentaria banalidades em tons risonhos". Hohoh, gostei da descrição. Talvez porque goste da ação. E a imagem é tão... agradável, mesmo no contexto negativo... ;~
Sobre o que é dito no final... parece que tem tanta coisa que eu quero comentar que eu fico sem jeito.
Que saudade, rapaz!