Extremamente solitário. Sentia-se assim por não saber por que assim se sentia. Isolado em seu quarto que não era seu, sentava-se por horas frente ao computador em tentativas vãs de fazer com que ele penetrasse a rede mundial por alguma conexão já existente. Nada feito.
E também olhava para o aparelho celular: não tocava. Um vazio preenchia-lhe o peito porque sabia que aqueles que tentassem um contato trariam mais e mais notícias ruins e ele, desesperado por um pouco de afeto familiar, comentaria banalidades em tons risonhos.
Então, decidiu não querer outra noite em prantos e suspiros sufocados pelo travesseiro colorido. Já estava confirmada, a notícia de que ela morrera. Por que não considerar suficiente seu sofrimento anterior e desviar o pensamento toda vez em que seu peito desmoronava? Era loucura, não? Controlar-se dessa forma como se a realidade fosse fantasia e a fantasia... Bem, essa não parecia existir.
Era ofensa, a fantasia existir. Ofensa contra todas as coisas vivas ou... Que já foram vivas.
2 comentários:
Saudade da autora dos textu =D, ahhh... tamem agora nem vo comenta :// =DD
"Comentaria banalidades em tons risonhos". Hohoh, gostei da descrição. Talvez porque goste da ação. E a imagem é tão... agradável, mesmo no contexto negativo... ;~
Sobre o que é dito no final... parece que tem tanta coisa que eu quero comentar que eu fico sem jeito.
Que saudade, rapaz!
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