três.

segunda-feira, abril 21

Especialidades

Além da necessidade fisiológica, não havia razões para que ela pedisse companhia. Ninguém teria a oferecer, porém. Ninguém queria envolver-se.
Ela era tão ela mesma que não havia solução: ficaria só, teria de aprender a ser uma.
Porque todos os caminhos levavam-na a não ser ela e outra. Outra pessoa. Parecia que o obstáculo fora ser diferente, e agora não mais havia diferente - havia ser só.
Por que a razão não habitava aquela mente? Precisava-se de razão, apesar de não ter controle emocional.
Não era uma desequilibrada: ela apenas mantinha-se fria nos momentos decisivos. Naqueles em que se devia ser emotiva, não deixava transparecer pensamentos. E para isso, não sentia. Anulava sua sensibilidade em nome do equilíbrio,
Nos momentos exigentes de calculismo? Tinha o contrário, puro instinto! Era inútil para a sociedade. Seria sempre.
Qual era a sua missão ali?

Um comentário:

Prodígio disse...

A dela eu não sei, a minha é só observar... pra aprender a lidar com esses fatos da vida, quem sabe um dia.