três.

quarta-feira, fevereiro 6

Irrealidade clandestina de suposições

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Deu-lhe mais um beijo, mas já tinha intenções de ir embora. Também não fazia questão alguma de dançar, então não faria tanta diferença se fosse ou ficasse naquele local junto àquela garota. Até que era bonita ou arrumada - também não fazia diferença.

Deixou-a em sua casa negando qualquer pedido de permanência e seguiu rumo à própria.

Desligou o carro. Não estava tão cansado, nem tão bêbado - um bom sinal ou talvez resultado de noite ruim. Apesar de ter feito da bebida um mau hábito, deixava-o mais à vontade em relação a outras pessoas.

Despiu-se, comeu alguma coisa e escovou os dentes. Deitou-se pensando no que iria pensar antes do sono, achando engraçado como o perdia quando se deitava para dormir. Tomou alguns acontecimentos como ideais.

Não ficava remoendo lembranças, muito menos nos últimos tempos. Havia institucionalizado um descanso mental em sua vida, relacionamentos finalizados levavam a isso. Achou interessante, porém, a forma como algo tão sem sentido, sem futuro nem passado, viesse a encontrar seus pensamentos naquele instante.

Até sentiu falta do corpo diminuto. Ali, no seu quarto, no escuro do quarto e da mente, não faria tanta diferença pensar ou não pensar nela. Abraçou o travesseiro embalado no sonho induzido.

Sol, dor no corpo. Já havia esquecido-se completamente dos seus últimos pensamentos em consciência.

Um comentário:

Fernando Neves - KroSS disse...

~waH!!!
MTu bOoOM! Nossa, não sabia que vc escrevia... *.*

Escreve mtu bem por sinal!!!
Adorei esse texto!!!

Escreve mais, ecreve mais!!!