O consumo do álcool ou qualquer outra substância que o corroesse por dentro já não fazia tanta diferença, só potencializava seu desejo de autodestruição. Sentia como se seu corpo não fosse mais tão-seu, e sim do vento que abraçava seu pescoço com cheiro de noite, cheiro de nuvem, cheiro de lua.
Aspirou todos os cheiros juntos ao cheiro de fumaça.
E de repente foi tomado pela súbita euforia. Alegria em sentar-se ali, em ver vida ao seu lado, ao ouvir o tão-novo som de cordas de um violão invadindo suas orelhas.
Procurou onde basear sua euforia. A sensação, como já era de se esperar, passou.
De volta ao mundo seco com cheiro de cigarro. Iria pra casa, afinal.
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