três.

segunda-feira, outubro 27

Beijo marcado na parede

 e, depois, o arranhão em meu antebraço,

parte interna,

que eu mesma fiz distraída .

 

O beijo jogado no ar,

o tropeção ao andar de costas

sem olhar. Sorriso manchado 
nuns rostos meio sujos

Suados; alheios ao mundo.


Beijo marcado no rosto

Nas maçãs avermelhadas da face

Suposto sopro no olho

dos que espantam cílios teimosos;
dos que nos mantinham

distantes do resto.


Beijo que tomou tempo

que  durou parte da vida

E agora vejo partir, e distanciar

e diminuir.

E que não espero

sinceramente

voltar um dia. 

3 comentários:

Anônimo disse...

Hmmm, beijo... sopro no olho. Consegui até imaginar dessa vez =D. Ah, mas o finalzinho parece destruir toda a ilusão romântica do texto. Poema mau, ou só realista.

Anônimo disse...

Suspiro de alívio no final.
Segunda, terceira leitura, e o mesmo embaraço que culmina e vai embora de um assunto que eu não sei entender.

José Vinicius disse...

Confesso que fiquei angustiado ao ler esse poema. E olha que eu sou muito melancólico. Gostei muito. O ápice para mim é quando você diz que não espera que o "beijo" volte.