Beijo marcado na parede
e, depois, o arranhão em meu antebraço,
parte interna,
que eu mesma fiz distraída .
O beijo jogado no ar,
o tropeção ao andar de costas
sem olhar. Sorriso manchado
nuns rostos meio sujos
Suados; alheios ao mundo.
Beijo marcado no rosto
Nas maçãs avermelhadas da face
Suposto sopro no olho
dos que espantam cílios teimosos;
dos que nos mantinham
distantes do resto.
Beijo que tomou tempo
que durou parte da vida
E agora vejo partir, e distanciar
e diminuir.
E que não espero
sinceramente
voltar um dia.
3 comentários:
Hmmm, beijo... sopro no olho. Consegui até imaginar dessa vez =D. Ah, mas o finalzinho parece destruir toda a ilusão romântica do texto. Poema mau, ou só realista.
Suspiro de alívio no final.
Segunda, terceira leitura, e o mesmo embaraço que culmina e vai embora de um assunto que eu não sei entender.
Confesso que fiquei angustiado ao ler esse poema. E olha que eu sou muito melancólico. Gostei muito. O ápice para mim é quando você diz que não espera que o "beijo" volte.
Postar um comentário