três.

sábado, março 29

Primeira Indiferença

Havia vários meses que pensava naquilo, e agora, ao ter a garota nos braços, não sabia como progredir. Queria, sim, beijá-la, abraçá-la, sussurrar algo já pronto, como tanto imaginara ansiosamente. Mas mantinha-se paralisado, priorizar uma opção ser-lhe-ia impossível.
Escolheu beijá-la. Estupefato, descobriu não sentir nada. Grande desejo de sua vida e... Não era o momento.
Então a abraçou, beijou seu rosto tantas vezes e sussurrou tantas coisas que mal se lembrou de prioridades. Nada. Onde estava toda a tensão de seus músculos? Por que nada mais girava em suas entranhas?
Pagou a conta e deixou o lugar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Linda desventura romântica, não?
Acho que a vida é cheia delas...

Anônimo disse...

Um beijo
Algo tão sutil que nem pude imaginar, desejava...
Desejei...
Mas ao aproximar-me descobri que não teria corajem, não teria libertdade
O beijo que outrora queria, agora quero mas tenho medo,
Então não a toquei
Espero outro momento,
quando a fase Romântica de Álvares de Azevedo passar(mulher idealizada, intocável) e chegar até Castro Alves(mulher real, tocável).

Adoro esse seu estilo de interpretar sentimentos alheios.